quarta-feira, 5 de maio de 2010

Comentário sobre as edições n° 1 e 19 do Jornal Manuelzão

A primeira edição do jornal informativo do Projeto Manuelzão, de novembro e dezembro de 1997, como era de se esperar, trousse artigos que apresentavam uma visão geral do projeto, explicando sua estrutura funcional, campos de atuação, parcerias e objetivos de atuação, para que a sociedade mineira pudesse conhecer melhor o trabalho realizado na bacia do Rio das Velhas, compreendendo assim sua importância para o ambiente e suas conseqüências no cotidiano das populações atingidas, direta ou indiretamente, pelas intervenções realizadas.
Contando também com reportagens sobre eventos relacionados, como reuniões políticas ou movimentos populares, o jornal demonstra partes da presente situação sociopolítica envolvida nas questões relacionadas ao Projeto Manuelzão.
Vale destacar o artigo “Saúde não é problema só de médico”, do editorial, pág. 2, onde um importante questionamento sobre o tratamento da saúde da população é levantado. Segundo o autor, o problema da saúde não deve ser resolvido ou prevenido unicamente com tratamentos médicos, mas promovendo uma melhoria na qualidade de vida da sociedade. Este processo deve integrar não somente a implantação de serviços de atendimento e acompanhamento médico, mas uma atuação governamental que possibilite que o panorama socioeconômico das comunidades possa desenvolver-se, evoluindo a níveis ao menos próximos aos idealizados para uma sociedade igualitária e atenta à qualidade do meio ambiente.
A edição do jornal informativo de n° 19, de julho de 2002, agora já no seu 5° ano de publicação, apresenta outro layout e foco jornalístico diferente da primeira edição. É interessante observar que, ao passar dos anos, desde a criação e início do funcionamento do Projeto Manuelzão, suas ações geraram frutos no ambiente natural e sociopolítico, consequências estas que hoje são demonstradas nesta edição, que possui várias reportagens noticiando vários acontecimentos em diversas cidades mineiras, tais como Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Nova União, Prudente de Morais, Funilândia, Jequitibá, entre outras, onde iniciativas para recuperação e/ou tratamento de cursos de água, solo e vegetação têm comprovado a idéia defendida por Olegário Alfredo, autor do artigo apresentado na Pág.2 do editorial do jornal. Neste texto, retirado do livro “Como se tece uma manhã”, ele argumenta que a consciência ambiental tem mudado na sociedade atual, e podemos ver o reflexo disto no contexto sociopolítico de atuação no meio ambiente.