terça-feira, 29 de junho de 2010

Disse que me disse:



A arquitetura da 3XN

A 3XN Departamento de Pesquisa & Desenvolvimento, como descrito no próprio site, foi estabelecida com a visão de explorar as possibilidades que aparecem quando se aplica os mais recentes conhecimentos e tecnologias. Usando novos materiais e tecnologias , a 3XN desenvolveria uma cultura de construção que afetaria positivamente o mundo onde nós vivemos arquiteturalmente e ambientalmente.


No site da empresa, http://www.3xn.dk/, encontramos uma interface que ganha tanto em design como em sua estrutura de apresentação, e um dos fatores muito relevante do conteúdo é o fato de apresentarem suas criações demontrando todo o processo de concepção, com fotos e filmagens que evidênciam as fases de construção do projeto, o que é muito enriquecedor para todo que se interessão por entender as novas formas de fazer arquitetura.



Disse que me disse:

Shigeru Ban

Como é comum em qualquer site ou blog sobre arquitetura, não poderia deixar de postar um artigo sobre inovações nas técnicas construtivas. Para tanto, apresentarei um arquiteto sobre o qual fiz um trabalho em 2008, chamado Shigero Ban. Este arquiteto projetou obras extraordinárias usando tubos de papelão como unidades de estrutura, trabalhando assim a reciclagem e a economia na construção, além de uma estética inovadora.
Aqui seguem algumas imagens de alguns trabalhos, e links com maior
es informações sobre sua vida e carreira.

http://www.shigerubanarchitects.com/

http://pt.wikilingue.com/es/Shigeru_Ban

(Foto de Shigeru Ban com sua ponte de tubos de papelão no fundo)



domingo, 20 de junho de 2010

Disse que me disse:

Uma questão já abordada em várias discussões de estudiosos da arquitetura, cuja presença é facilmente observada no cotidiano e no ambiente, é a apropriação alternativa dos espaços arquitetônicos. Sendo estes espaços entendidos como todas as edificações construídas com prévio planejamento, tornam-se alternativos os usos que divergem significativamente das possibilidades pensadas na fase de projeto, onde as características do espaço já são calculadas pensando nas atividades a serem ali realizadas.
Nos espaços intensamente urbanizados das metrópoles, onde as edificações ocupam um espaço físico e de importância funcional muito grande, estas apropriações alternativas tornam-se mais freqüentes e ganham uma significância maior. Além de refletir necessidades funcionais do cotidiano social, tornam-se expressões da cultura popular. Citarei aqui alguns exemplos deste fenômeno que me chamam muito a atenção e com os quais me identifico, presentes na cidade de Belo Horizonte:

O Grafite:



Esta arte urbana, que transforma um muro ou outros espaços antes subutilizados em telas de arte ao ar livre, tem crescido muito em BH, o que pode ser observado principalmente no centro, mas também em bairros periféricos da capital. A qualidade estética dos trabalhos extingue completamente o argumento de alguns que ainda insistem em recriminar o grafite, equiparando-o a pixação. Aqui são algumas fotos de grafites do centro de BH.

Mais informações sobre grafite em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Grafite_(arte)

O Skate:


Como um esporte que nasceu nas ruas, desde o início ele usou de espaços que não eram pensados para serem pistas exclusivas para o esporte. Com a evolução das técnicas, evoluíram também as apropriações das construções como obstáculos para realização das manobras. Hoje em dia, ainda com a existência de várias pistas para a prática, o esporte ainda é intensamente praticado nos chamados “picos” da cidade, que podem ser escadarias, corrimãos, rampas de acesso, paredes inclinadas, blocos com cantoneiras, ou qualquer construção que possa ser utilizada para realizar manobras. Nos vídeos de skate, as manobras em “picos” são as mais numerosas e mais admiradas, pelo próprio fato de transformar em obstáculo para skate o que não foi pensado para isso, envolvendo aí a criatividade do skatista. Em BH, onde o esporte já é amplamente divulgado, do qual também sou praticante, há vários picos famosos, dentre eles o mais frequentado é a Praça 7 de setembro.
O mesmo que acontece no skate acontece no Patins In-line e Bike BMX, outros esportes radicais praticados nas cidades.

Assita aqui um vídeo do Miguel, skatista amador de BH:

http://www.youtube.com/watch?v=a0DU05KQpV0

O Le Parkour:




O Le parkour _ que em francês, que significa “o percurso” _ é um atividade física surgida na frança na década de 90, consiste em usar de técnicas para percorrer percursos com quaisquer obstáculos da forma mais rápida e eficiente possível. Muros, escadas, corrimãos, postes, bancadas, mesas, são ultrapassados de formas diferentes das pensadas inicialmente, ganhando velocidade e diminuindo o tempo do percurso. Esta atividade, da qual também sou praticante, ultrapassa os limites impostos nas edificações ao criar outras formas de acesso a locais, conquistadas com a agilidade e força do traceurs _praticante de Parkour_. Nos últimos anos, o Parkour se difundiu amplamente em BH, conquistando vários adeptos, que costumam organizar-se em grupos chamados de “clans”, dos quais o de maior expressão em BH chama-se PKMAX, um dos principais responsáveis pela difusão do Parkour em BH. Leia mais a respeito em:

http://www.abpk.com.br/

E assista aqui um vídeo de David Belle, o criador do Le parkour, em um trecho do filme B13, o 13° distrito, do qual foi protagonista:

http://www.youtube.com/watch?v=_GpOroM0g80

Planta da sala do laboratório Remasé




sexta-feira, 28 de maio de 2010

Arquigram Archival Project - Harlow Housing Competition

No site http://archigram.westminster.ac.uk/ estão apresentados vários trabalhos do grupo de arquitetos Arquigram, que atuou entre 1961 e 1974, e ainda hoje é fonte de inspiração crítica para muitos arquitetos da geração atual.
Dentre estes trabalhos, encotra-se o projeto realizado para o Harlow Houses Competition, onde o Harlow Development Corporation convidou arquitetos para apresentar projetos de casas e apartamentos a serem construídos num local do bairro de Passmores, em Harlow, distrito do condado de Essex, Inglaterra.
O site não possui muitos textos explicativos sobre o projeto e os conceitos aplicados na sua criação, contando com apenas cinco imagens do projeto. Contudo, ainda assim é possível observar na planta a dinâmica estrutural adotada pelos arquitetos da Arquigram em sua proposta. Diferente do que pode-se esperar de um projeto para um condomínio residêncial de casas, a organização não foi planejada segundo uma grade alinhada em ângulos retos, com formatos repetitivos de residências e demais espaços funcionais, como comumente observa-se nas tendências das grandes construtoras, onde objetivam o aproveitamento pragmático do espaço e aumento dos lucros. Eles moldaram um alinhamento orgânico das residências, que diferenciavam entre si, mas mantendo um elo harmonioso de estilo. As linhas de enquadramento dos lotes são sinuosas, chegando a assemelhar-se com um aglomerado de casas de um bairro sem plejamento prévio, distânciando-se da imagem dura dos complexos urbanos metropolitanos ou industriais.
Apesar da ótima idéia, o projeto não foi selecionado para premiação do concurso.









quarta-feira, 26 de maio de 2010

USO ALTERNATIVO DAS RUAS

Falar em uso alternativo das ruas tem significado, atualmente, falar de usos diversos ao de transporte. Visto deste prisma, entende-se o transporte como uma atividade principal e primária nos espaços entendidos como ruas. Contudo, o transporte não foi necessáriamente desenvolvido anteriormente à outras atividades humanas, mas sim em conjunto com elas, possibilitando-as, em uma dinâmica funcional onde os diversos usos das ruas compartilham suas importâncias.
A característica da rua de ser um espaço de livre acesso, conector entre os espaços privados, faz com que a liberdade de apropriação alcance limites muito mais abraangentes, quase inexistentes. Bem por isso que já há muito tempo que inúmeras outras práticas além do transporte de pessoas e objetos utilizam-se do território das ruas. No entanto, com o passar dos anos e com o aumento da urbanização das cidades, que traz consigo um planejamento delimitante dos espaços das cidades, as ruas passaram a ter seu uso restringido por determinantes materiais e legislativas, principalmente nos grandes centros urbanos. Nestes, as ruas desempenham fundamentalmente um papel de transporte rápido, devido ao cotidiano local, enquanto os usos diversificados permanessem mais presentes nos bairros periféricos, onde o tráfico pouco intenso e os hábitos populares locais propiciam estas ações.
Apesar de tudo, pode-se observar que, mesmo nas grandes avenidas movimentadas das metrópoles, sobrevive o impluso popular de apropriação das ruas, seja por vendedores ambulantes, lavadores de carros, publicitários, artistas, etc, de formas mais ou menos inusitadas. Um exemplo disto em Belo Horizonte é o "Quarteirão do Soul". Neste local, localizado na rua dos Goitacazes, na região central da cidade, pessoas reunem-se aos sábados para montarem uma pista improvisada de dança na própria rua, embaladas ao ritmo da Black music. E este evento singular, que reúne todo tipo de gente, começou quando um lavador de carros começou a ligar o som do rádio e dançar naquele local. Mais informações podem ser vistas em http://smackup.wordpress.com/2009/05/23/soul-mais-soul/ .